Com uma mixegenação de artistas, dias extremamente pops e um dia que valeu completamente ingresso de quem queria ver um espetaculo musical o até agora o Rock in Rio deixou uma grande lição
O Rock In Rio começou na sexta feira, 23/09, chegamos no Rio de Janeiro no começo da tarde, no mesmo dia, vimos uma cidade meio engarrafada, uma cidade que respirava o evento, mas que se mostrava um tanto despreparava para o volume de pessoas que ela recebia. Na noite da sexta foi a noite pop, do festival musical, com algumas ideias no minimo estranhas, colocaram Milton Nascimento para homenagear o Freddy Mercury, no palco mundo. Depois um show do titãs com Paralamas do Sucesso sob vaias. A noite mais bizarra do Rock in Rio até agora ainda teve mais. Vimos um Elton John, mal humorado, uma Katty Perry, tentando se esforçar, e uma Rhianna, completamente sem noção. Com um atraso de mais de duas horas para o inicio de seu show, uma falta de comprometimento com o publico que tava ali na cidade do rock ha mais de 14 horas. Sem contar que a segurança do primeiro dia do evento foi meio estranha também muitos furtos arrastões. Mas fica o questionamento: Foi tudo isso mesmo, ou o publico daqueles shows não estava suficientemente preparado? Bem em suma a primeira noite, foi burocrática chata, sem tanto brilho e sem rock ele só começaria dar alguns sinais no sabado.
Um sabádo que seria nublado e chuvoso no Rio de Janeiro, esse blogueiro pensava "Putz nunca venho para rio, quando venho, tome chuva!". Friozinho e com direito a garoa assim foi o dia mais paulistano para a tristeza dos cariocas. Mas a noite do palco mundo, ja se mostrou mais vistosa, vimos um NX Zero, técnicamente fracos, esforçados mas não deveriam estar ali, abrindo para o Stone Sour, que abriu seu show com tudo ! A banda d, deu uma dose de rock de verdade naquela noite chuvosa, pondo o gosto do rock na boca de mais de 100 mil pesoas que estavam lá. Mesclando sons mais antigos, com os do mais recente trabalho da banda "Audio Secrecy. Corey Taylor, ficara impressionado com a banda, e garanto lhes não seria a unica vez. Em seguida vimos um Capital Inicial fazendo um show que incediou o pessoal que estava na cidade do rock, um Dinho Ouro Preto visivelmente emocionado, e impressionado com tanta gente. Não foi um dos melhores shows que ja vi da banda de brasilia no quesito técnico, mas foi legal pela emoção, por ter visto o coração da banda ali em palco. Vimos um Snow Patrol fazendo um show limpo, o problema da banda é que eles tem muitas musicas conhecidas mas, ninguem associa as mesmas as eles. O show teve direito até a participação de Mariana Aydar em uma das faixas e ficou até interessante. E fechando a segunda noite do Rock in Rio, veio o Red Hot Chili Peappers, ha quem diga que até aquela hora muita gente ja tinha se mandado da cidade do Rock. Mas foi um bom show, mesclando classicos e musicas do recem lançado. "I´m With You", percebe-se uma banda mais a vontade com a troca de guitarrista. E feliz por voltar a suas oringens, fazendo um som menos pesado. E assim com mais respeito e menos atrasos acabou a segunda noite do Rock in Rio. Mas o melhor ainda estaria por vir.
O domingo 25/09/201, dia que jamais me esquecerei, dia que Rock In Rio se encontrou finalmente com o Rock, dia que o publico era essencialmente de amantes de boa musica, o dia mais tranquilo na cidade do rock, só com ocorrencias medicas. Um dia que marcou a cidade do rock, que abalou as estruturas de quem se apresentou lá com coração, e que ficará registrado como o melhor de todos o dia que esse blogueiro estava lá. Pois o palco mundo, começou pontualmente as 19:00 com a banda paulistana Glória, que não empolgou ninguem, e fomos passear na Rock Street, pois interessante mesmo seria ver a partir do Coheed and Cambria, e os Nova Iorquinos começaram seu show as 20:00 em ponto, e confesso que foi meio decepcionante, vimos um Claudio Sanches meio sem voz, o som da cidade do rock também estava ruim, apesar de ter sido um setlist bem escolhido apesar de bem burocrático, porem o Publico que lá estava, gostou do que viu. E se agitou quando foi mandado um Cover de "The Trooper" do Iron Maiden. mas no geral foi um show a baixo das minhas expectativas e confesso esperava muito mais do Coheed and Cambria. Mas a decepção passou e veio o Motorhead, a terceira apresentação da noite, ja deixando os roqueiros mais antigos oriçados, a pena é que os problemas com o som pertubavam Lemmy e companhia e era visivel a insatisfação da banda com as condições e ainda por cima ter de tocar, com todo cenário do Slipknot atrás. Mas foi um show legal, corajoso tocando classicos com as faixas do mais recente trabalho "The World Is Yours", mas é indescretivel a sensação de ouvir Ace of Spades, em meio a 100 mil pessoas e seria com certeza a primeira das sensações indescritiveis. Bom show, até ali ja teria valido o ingresso.
Não demorou tanto, para os benditos comerciais que eles passavam entre ums show e outro terminarem, e começaria o show mais surpreendente da noite, o show do Slipknot, que levaria a banda e publico ao delirio. Sempre olhei a banda com o pé atras, não minto, mas estava curioso para ver do que eles eram capazes e te digo, que foi realmente empolgante emocionante e sem duvida o melhor show de todas as noites do Rock in Rio, de dificilmente será batido. Banda e platéia se tornaram uma coisa só, os integrantes ficaram visivelmente emocionados com tanta vitalidade e disposição, era muito tempo de espera do fãs e e eles conseguiram conquistar até quem não era fã, com competencia, fazendo um show que dispensa comentários incrivel, quando você alia tecnologia, sem ser querer ser burocrático, dá nisso, um show sem precedentes, um dos momentos mais inesqueciveis, foi o momento que o vocalista da banda o Corey Taylor, pediu para que todos se abaixassem, para que todos pulassem juntos, quando ele viu 100 mil pesosas abaixadas, ele e a banda não acreditavam ele olhava para os seus companheiros e falava " Oh Fuck God", meio que desacreditando e quando ele Gritou " Jump" foi uma explosão. Depois do show foi dificil fazer os integrantes do Slipkont deixarem o palco, para o inicio do show do Metallica, todos agradeceram muito, pois nem eles esperavam tanhanha receptividade.
A madrugada ja havia começado na bela noite que fazia na cidade do rock, nessas alturas do campeonato eu já estava boqueaberto, com tudo que vi. Mas não tinha terminado. Pois veio o Metallica, uma banda determinada a fazer tremer também as estruturas do festival, mesclando classicos e sons mais recentes, vimos um James Hetfield, simpatico, conversando muito com as 100 mil pesosas que ali estavam, duas horas de show, com direito as dois retornos, com o povo indo ao deliriio com "Enter the Sadman"," Nothing Else Matters", "One", "Seek and Destroy" "Master of Puppets", e muitas outras. Foi emocionante, apoteotico. A banda norte americana, saiu com a alma lavada e tambem não estavam nem um pouco afim de ir embora, e o publico com a sensação de que viu a historia da musica passar sob seus olhos. Foi essa a sensação que eu tive. A reputação do Rock in Rio estava salva pelo menos por um dia. E todos voltaram cansados mas felizes e para casa. E essa é a maior lição que o festival deixa para nós, quando se tem um publico interessado em musica, a harmonia prevalece! E domingo foi assim ! Simplesmente inesquecivel !
Coheed and Cambria - Welcome Home (Rock in Rio -2011)
Motorhead - Overkill ( Rock in Rio 2011)
Slipknot - Duality ( Rock in Rio -2011)
Metallica - Master of Puppets - ( Rock in Rio - 2011)
Agradecimento:
- Não tem como deixar passar batido, gostaria de agradecer publicamente a Michelle Nogueira, grande companheira desses 3 dias no Rio de Janeiro, onde passamos poucas e boas. Ela que sempre torceu e incentivou o crescimento do BN, ela que sempre esta por perto. A foto que ilustra essa postagem é dela. E eu deixo aqui meu muito obrigado por tudo.
Leandro Alsaro
Ilustração:
Michelle Nogueira